Os raios-X foram descobertos pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röentgen (1º Prémio Nobel da Física - 1901), a 8 de Novembro de 1895. Foram assim denominados devido à falta de conhecimento dos cientistas da época sobre a natureza dessa radiação.
Figura 1. Wilhelm Conrad Röentgen
A descoberta ocorreu ocasionalmente quando Röentgen estudava o fenómeno da luminescência (1) produzida por raios catódicos (2) num tubo ou ampola de Crookes (3). Naquele dia, o físico alemão ligou o tubo e algo muito estranho aconteceu. Uma placa de um material fluorescente (platinocianeto de bário) brilhou, no entanto, quando Röentgen desligou o tubo o brilho desapareceu. Intrigado com este acontecimento, ligou novamente o tubo e observou que o brilho tinha voltado. Então colocou um livro e uma folha de alumínio entre o tubo e a placa e verificou que o brilho persistia. Alguma coisa saía da ampola, atravessava barreiras e atingia o platinocianeto.
Figura 2. Tubo/ampola de Crookes
Durante cerca de 6 semanas o físico tentou entender o que tinha acontecido naquela tarde. A 22 de Dezembro de 1895, fez a radiação atravessar a mão da sua esposa (Bertha), atingindo do outro lado uma chapa fotográfica. Quando esta foi revelada, descobriu que as sombras dos ossos de Bertha eram visíveis, tendo sido esta a 1ª radiografia da história.
Figura 3. Primeira radiografia da história
(1) Luminescência é o fenómeno pelo qual os corpos emitem, em condições específicas e sob diferentes causas de excitação, radiações luminosas com maior intensidade do que corresponderia à sua temperatura. Exs: luminosidade esverdeada dos números de certos relógios; luz dos interruptores domésticos, etc.
(2) Tubo de vidro dentro do qual um condutor eléctrico metálico aquecido emite electrões em direcção a outro condutor.
(3) É feito/a de vidro ou quartzo e dentro dele/a se faz vácuo. Contém duas placas metálicas ligadas a uma fonte de tensão eléctrica.